sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Soneto da Serendipidade

Quando é o azul que colore céu e mar

a matiz do sentimento que alaga

é que não mais se pode ignorar

a luminosa união que se consagra.

 

Os pares de olhos, tal qual espelho,

miram-se profundos — e a nada mais.

À deriva, não: seu coração tão vermelho

é seu guia, seu norte, sua estrela vivaz.

 

Sucessão de acasos até o abraço,

aquele que sela o encontro ultimado,

conclui a busca por seis, sete vidas perdurada.

 

Para ao fim ocuparem o mesmo espaço,

no mais pleno desembaraço o amado,

em graciosa felicidade a amada.